Era uma vez um ancião muito triste que acreditava que todas as histórias do mundo já tinham sido contadas. Sem esperança, ele saía pelas ruas a pregar que todas as narrativas estavam mortas. Certa vez, uma garotinha que observava aquele triste senhor correu para a mãe e passou a contar a trajetória daquele homem desiludido. O pobre velho sorriu e, num passe de mágica, transformou-se num menino, que correu para bem pertinho daquela pequena contadora e sorriu como nunca tinha feito. Dizem que ele envelheceu de novo. Agora, como um encantador de palavras.
“As histórias não têm fim”. Essa é máxima que movem o 1° Festival Horizonte de Histórias, que ocorre de 6 a 21 de fevereiro no Canal YouTube/Instituto Cidade Céu. Nos sábados e domingos, contadores e contadoras de histórias do Distrito Federal movimentam 24 narrativas que estão sendo gravadas no Teatro Verônica Moreno, do Complexo Cultural Samambaia, equipamento gestado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec).
“Neste período de pandemia, em que o Complexo Cultural Samambaia (CCS) segue fechado ao público, consideramos fundamental apoiar os artistas que buscam o espaço físico para realizar as gravações. É gratificante contribuirmos para que a cultura se desenvolva num momento ainda deliciado para o setor cultural”, observa Suellen Rodrigues, gerente do equipamento cultural.
As gravações no CCS seguem atendendo aos protocolos de segurança e de higiene no combate à Covid-19. “Esse apoio é fundamental porque o Complexo Cultural Samambaia tem um teatro, com luz e som, o que garante qualidade para as gravações”, destaca Miriam Rocha, contadora e produtora do evento.