A defesa de Brasília como patrimônio cultural foi um dos principais temas abordados pelos participantes da audiência pública remota da Câmara Legislativa do Distrito Federal na noite desta segunda-feira (31), transmitida pela TV Web CLDF e pelo canal da Casa no Youtube.

A mediadora do encontro, deputada Arlete Sampaio (PT), citou a Lei 50/80, que institui 17 de agosto como o Dia do Patrimônio e cria as jornadas de patrimônio.

Segundo a parlamentar, a proposta das jornadas, assim como em outras cidades que são patrimônios culturais da humanidade, é fazer a educação patrimonial.

“Somos a maior área tombada do mundo, com 112 quilômetros quadrados e precisamos passar para as novas gerações a importância desse fato”, afirmou, ao acrescentar que “esse importante atributo resguarda Brasília da gana daqueles que fazem especulação imobiliária”. Ela reforçou que “as pessoas do DF precisam aprender que esse patrimônio lhes pertence”.

Do mesmo modo, o secretário de Cultura do DF, Bartolomeu Rodrigues, frisou que “se Brasília não fosse tombada teria sido vítima de rapinagem, a qual teria transfigurado a cidade”.

Ele destacou a preocupação de cuidar e manter os patrimônios, como o Teatro Nacional. Já a diretora de educação integral da Secretaria de Educação, Lúcia Andrade, lembrou os diversos legados da cidade, como a visão de sujeito integral preconizada por Anísio Teixeira, baseada em arte, educação e cultura. Para ela, a questão do pertencimento passa pelas “memórias e saberes” e é um desafio educacional diário.