A influenciadora Virgínia Fonseca movimentou as redes com sua ida ao Senado Federal, onde participou de uma audiência pública sobre redes sociais e saúde mental. Mais do que sua fala, seu visual também chamou atenção e, ao analisarmos sob a ótica da semiologia e da semiótica, percebemos três lições comunicativas importantes.

1. Estética como linguagem: o look que fala por si

Semiologia: A escolha de Virgínia por usar um moletom preto com estampa da filha, em um espaço formal como o Senado, quebra os códigos tradicionais da vestimenta política. Na semiologia, isso revela uma estrutura de comunicação onde o visual informal representa proximidade com o público.

Exemplo: Em vez de um terninho ou blazer, o moletom comunica “sou real, sou do povo” – mensagem direta à sua audiência digital.

2. A imagem como signo de poder contemporâneo

Semiótica: O moletom estampado com a imagem da filha também funciona como signo emocional. O sorriso dela, a estampa infantil e o contraste com o cenário institucional compõem uma imagem que transmite empatia e humanidade, reforçando seu papel como mãe influente e figura pública emocionalmente acessível.

Exemplo: Seu visual é um ícone do influenciador que ocupa espaços de poder sem abrir mão de sua identidade original – uma nova linguagem no universo midiático-político.

3. Nova ocupação dos espaços: do digital ao institucional

Semiologia e semiótica combinadas: Sua presença física no Senado representa o transbordamento da influência digital para a política. Virgínia mostra que criadores de conteúdo hoje não só opinam, mas ocupam lugar nas discussões públicas.

Exemplo: O microfone à frente, o painel do Senado atrás, e seu estilo autêntico transformam a cena em um símbolo da nova geração de vozes públicas no Brasil.