Em meio ao crescimento acelerado da indústria de jogos eletrônicos no Brasil, uma iniciativa do Distrito Federal vem se destacando por oferecer estrutura, conhecimento e conexões estratégicas a estúdios independentes. Trata-se da incubadora de games, eixo estratégico do Brasília Game Hub (305 Norte) que tem coordenação da Abring – Associação de Desenvolvedores de Jogos Eletrônicos do Distrito Federal. A iniciativa está transformando a realidade de sete desenvolvedores locais, em um projeto conta com recursos da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF.
A incubadora tem a missão de auxiliar estúdios em estágios iniciais a transformar suas ideias em trabalhos viáveis, tanto no mercado nacional quanto internacional. “Nosso objetivo é fortalecer estúdios de desenvolvimento de jogos digitais, promovendo sua sustentabilidade como negócios. A iniciativa busca desenvolver competências empreendedoras nos times participantes, oferecendo suporte estratégico para que se consolidem no mercado”, explica Igor Rachid, presidente da associação.
Entre as ações desenvolvidas está a presença do sueco Bo Andersson, empreendedor de sucesso e responsável por franquias como PayDay, que venderam mais de 55 milhões de cópias globalmente. Ele participou de um bate-papo aberto sobre sua trajetória e sua visão sobre o mercado atual de games em abril, no Brasília Game Hub. “Trazer alguém como o Bo Andersson para abrir essa agenda mostra que o DF tem peso e tem voz no cenário global”, comenta Rachid.
Estratégia para crescer
O programa de incubação tem duração de seis meses e oferece uma jornada intensa de capacitação, com mentorias conduzidas por especialistas da indústria, treinamentos em gestão, modelagem de negócios, suporte técnico, além de acesso a uma ampla rede de parceiros e oportunidades de articulação comercial. Mais do que oferecer infraestrutura, a proposta da Abring é preparar os estúdios para sobreviverem ao mercado com base sólida. “A incubadora é fundamental para oferecer a base técnica, estratégica e relacional que estúdios independentes precisam nos estágios iniciais. Ao combinar conhecimento, networking e visibilidade, o programa permite que equipes superem desafios estruturais e se posicionem como negócios viáveis e competitivos, dentro e fora do Brasil”, destaca Rachid.
A primeira edição do programa já conta com uma safra promissora de estúdios incubados. Um dos destaques é o MadDev Studio, que desenvolve Death Roll, um roguelike de cartas ambientado em uma versão sombria do Inferno, obra de Dante Alighieri. A estética gótica e a mecânica estratégica do jogo o colocam como um dos títulos mais promissores da nova geração local.
Outro incubado é Milkyway Mailing INC. O jogo da Ludens Studio une astronomia e astrologia em uma combinação única. O game se torna uma plataforma de criação de conteúdo onde os usuários podem criar suas missões secundárias ao inserirem suas próprias cartas no jogo. O jogador é contratado por uma empresa de entregas e, através delas, é possível se tornar o novo guardião do Sistema Solar.
Ao oferecer estrutura, conhecimento e conexões, a incubadora da Abring não apenas estimula o surgimento de novos jogos, mas também fortalece a economia criativa do Distrito Federal, gerando oportunidades, movimentando talentos locais e consolidando um novo polo nacional no setor de games.
Novas vagas em junho
Segundo Igor Rachid, a incubadora continuará ampliando seu impacto em 2025. “Um novo edital está aberto até o dia 29 de junho, com previsão de, no mínimo, mais cinco vagas para estúdios de jogos. A seleção será feita por meio de um edital público, com análise do projeto, potencial de mercado e perfil da equipe”, anuncia o presidente da Abring.
Os estúdios interessados devem acompanhar os canais oficiais da associação para mais informações sobre o processo seletivo. Para saber mais sobre o programa de incubação e participar do próximo edital, acesse o formulário ou entre em contato pelo e-mail contato@abring.com.br.
Foto: Miron de Lelis / Divulgação