O endividamento das famílias no Distrito Federal alcançou 73,0% em agosto de 2025, segundo dados divulgados pelo Sistema Fecomércio-DF. O índice representa um avanço de 0,2 ponto percentual em relação a julho e marca o sexto mês consecutivo de alta, totalizando 780.328 famílias com algum tipo de dívida a vencer, distribuídas entre diferentes modalidades de crédito. Apesar do aumento recente, o número ainda está abaixo do registrado em agosto de 2024, quando 20,1 mil famílias a mais estavam endividadas, com índice geral de 75,7%. Em comparação com julho, foram 2,9 mil famílias adicionais com dívidas.
A inadimplência também registrou crescimento, atingindo 42,7% das famílias, frente a 41,8% em julho. O indicador acumula três meses de alta e está 3,3 pontos percentuais acima do verificado em agosto de 2024. Entre os endividados, 456,6 mil famílias apresentam contas em atraso e 189,8 mil declararam não ter condições de pagar suas dívidas, correspondendo a 17,8% do total, recuo de 0,5 ponto percentual em relação ao mês anterior, retornando ao patamar observado em maio. O tempo médio de atraso no DF permanece em 71 dias, enquanto o comprometimento médio da renda com dívidas se manteve em 22,4% nos últimos cinco meses.
Segundo o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, o endividamento local acompanha o padrão nacional, porém se mantém abaixo da média brasileira. “A inadimplência elevada, com peso expressivo do cartão de crédito, é motivo de atenção. Esse perfil tende a se retroalimentar, reforçando o risco de deterioração das finanças familiares caso não haja mudança no comportamento de consumo ou em condições de crédito mais favoráveis”, explica Aparecido.






