Na tarde desta sexta-feira (5), participantes da reunião pública remota da Frente Parlamentar dos Direitos Culturais da Câmara Legislativa defenderam a revitalização do Espaço Cultural Teatro da Praça de Taguatinga. O mediador do encontro, deputado Leandro Grass (Rede), explanou que o espaço, apesar de sua importância e valor, ficou abandonado nos últimos anos, sendo que agora há o desejo da comunidade e do poder público de retomar o local com cuidado e zelo para servir aos artistas e garantir à comunidade oportunidades de acesso à cultura. Grass reforçou a intenção de estabelecer canais de diálogo para a recuperação do teatro.

Ao lembrar que o Teatro da Praça é, há décadas, palco histórico de movimentos culturais, a representante do Conselho Regional de Cultura (CRC), Cleria Costa, frisou a necessidade de avançar nos compromissos assumidos pelos agentes públicos de retomar a reforma e a programação cultural do Teatro da Praça e seu centro cultural. Segundo ela, o teatro encontra-se em péssimas condições de uso. Costa e o também conselheiro Márcio Alencar pleitearam ainda a participação do teatro nos editais do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) Ocupação, instrumento de fomento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF.

De acordo com a diretora do Centro de Ensino Médio da Escola Industrial de Taguatinga (CEMEIT), Marilene Vieira, o teatro era o auditório da escola, que sem condições de mantê-lo o repassou para a Secretaria de Cultura. “Temos três mil alunos que precisam desse espaço para os projetos de música e teatro durante a semana”, disse, ao relatar que “o teto do teatro está prestes a cair”.  Vieira defendeu a revitalização do local e destacou o uso do espaço pelos alunos do CEMEIT: “A cultura tem que estar de mãos dadas com a educação”.

Não apenas a reforma, mas também a manutenção do espaço preocupa a comunidade escolar, segundo o professor Murilo Rodrigues, coordenador da regional de ensino de Taguatinga. Por esse motivo, ele sugeriu a transferência do patrimônio do centro cultural, que abrange o teatro e a biblioteca, para a Secretaria de Educação, via regional de ensino local, a qual teria mais condições financeiras para manter o espaço. Nesse sentido, ele defendeu parcerias entre as secretarias.

Do mesmo modo, o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Bartolomeu Rodrigues, reforçou a preocupação com a manutenção do local levantada por Murilo Rodrigues. “Nessa gestão, estamos muito focados nos equipamentos culturais da cidade que estão sob nossa responsabilidade”, afirmou. Por isso, ele entende que é preciso definir de quem é a responsabilidade pelo Teatro da Praça, o qual está em “lenta agonia” há anos, ora por abandono ora por desleixo, avaliou