Artista LGBTQIA+ nascido em Brasília, influenciador digital e embaixador do Instagram Brasil, encontrou na música e na arte uma forma de fugir da realidade tantas vezes opressora.

            Em 2019, lançou seu primeiro trabalho “Zona de Risco”, o clipe foi gravado no subsolo da Unb, em um cenário totalmente futurista. No mesmo ano sofreu agressões físicas por um grupo homofóbico,o episódio fortaleceu ainda mais a vontade de levar sua mensagem de apoio e resistência.

Todos os envolvidos são da comunidade LGBTQIA+ e da capital federal. O álbum conta com 6 faixas: Baila así; Aguenta vai; Body Party; 12/2 (interlude); Primadona e Baila así (Reaggeton version).

           “ As faixas do álbum são inspiradas em experiências pessoais dentro da cena noturna das festas  LGBTQIA+ da capital brasiliense,  trazendo e a energia dos BPM’s em sintonia com as batidas do coração. É sobre a sensualidade da conquista, o prazer de amar, auto-aceitação e a luta pelo respeito. O álbum tem uma forte influência da música POP e R&B dos anos 90, 2000, funk carioca, reggaeton , e em todas as faixas é possível ouvir e identificar elementos futuristas,  mesclando na sua  identidade sonora, nostalgia, presente e futuro”, conta o artista.

Em sua forma visual desde seus “easter eggs” nas redes sociais, usa da mitologia grega, ciberpunk e futurismo como forma de alegoria, criando uma intervenção política, e ainda de respeito e auto aceitação e justiça.Todas as canções contam a história de um ser andrógeno intitulado “Primadona”, que carrega dentro de si a força do princípio. A energia masculina e feminina que habitam o mesmo templo/corpo. Para ajudar a criar esse universo e contar essa história, foram convidados 5 estilistas reconhecidos na  cena da moda brasiliense, Pedro Hermano, Diego Rocha, Caroline Frota, Laguna e Filipe Luyd.

Não diferente, a escolha  para o time de fotógrafos, videomakers e editores. Para alcançar um público mais amplo, jovem em parceria com a transexual Morgana, foi criado um avatar em 3D fiel ao artista, como um jogo de videogame. A armadura é  inspirada no futurismo segundo a visão do estilista Thierry Mugler em sua coleção de inverno de 1995.

O  espaço-tempo do álbum toma forma de maneira múltipla, trazendo uma ilusão no ouvinte de que a música já foi ouvida antes. Mas com a ajuda das estruturas irreverentes é algo inovador. Para acompanhar o artista no Instagram @_mackenzo 

Foto: V1 Comunicação / Divulgação
Texto: Vanessa Castro