Ministra destacou como prioridades a retomada do orçamento da pasta e do FNDCT, atualização dos valores das bolsas e inclusão de mulheres na ciência

Engenheira eletricista Luciana Santos assumiu nesta segunda-feira (2) o cargo de ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação e é a primeira mulher a ocupar o posto. A transmissão de cargo foi realizada na sede do MCTI, em Brasília, com a presença de parlamentares, ministros do governo federal, ex-titulares da pasta, reitores de universidades e comunidade científica.

Em seu discurso, a ministra elencou como prioridades da nova gestão a recomposição do orçamento da área e execução integral do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT); atualização dos valores das bolsas de pesquisa do CNPq; políticas para o acesso de jovens à universidade; inclusão de meninas e mulheres na ciência e o apoio a projetos estruturantes em parcerias com outros ministérios e instituições de fomento.

“Quero destacar nosso compromisso com a expansão e consolidação do Sistema Nacional de CT&I com redução das assimetrias regionais e ampliação do programa de bolsas do CNPq. Apoiaremos projetos estruturantes de complexos industriais tecnológicos e de inovação em áreas como saúde, informação, comunicação digital, energia, alimentos e Defesa. Daremos prioridade à estruturação de um programa integrado de desenvolvimento da Amazônia. Retomaremos o programa de satélites de sensoriamento remoto em parceria a China, viabilizando as missões CBERS 5 e 6”, listou.

Outras iniciativas apontadas pela ministra como metas são a execução do projeto do Reator Multipropósito Brasileiro; o fortalecimento do Programa Espacial Brasileiro buscando a autonomia do acesso brasileiro ao espaço; o lançamento de uma nova Estratégia Brasileira de CT&I; a revisão da liquidação do CEITEC e formulação de uma estratégia para o setor de semicondutores, além da a retomada da Conferencia Nacional de Ciência e Tecnologia para fortalecer o diálogo com a comunidade científica.

Luciana Santos também ressaltou o papel da ciência, tecnologia e inovação para a solução dos problemas nacionais, redução das desigualdades, garantia da soberania do país e a busca de cooperações internacionais para alcançar esses objetivos.

“Temos de fato uma longa jornada pela frente, mas quero dizer a vocês que estou extremamente motivada e determinada. Se os desafios são imensos, as perspectivas são maiores ainda. Temos um povo talentoso, capaz, construindo experiências diversas em cada recanto desse país. Vamos aproveitar a inteligência brasileira. Vou usar essa motivação e experiência na gestão pública para fazer valer o fato histórico de ser a primeira mulher ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil”.

Foto: Wesley Sousa