Além dos temporais, o Carnaval em Brasília deste ano conta com outro desafio: garantir uma folia sem assédio. Dados do Governo Federal apontam um aumento de 20% nessas ocorrências e, em 2023, foram mais de 43 mil casos de violações aos direitos humanos no mesmo período.

Um cenário preocupante que mobiliza Executivo, Legislativo e até mesmo ações individuais de políticos, como o Vice-Presidente da CLDF, Deputado Distrital Ricardo Vale (PT), que, pelo segundo ano consecutivo, estará com um bloco contra o assédio no Carnaval da cidade.


O ‘Bloco que Vale’ se une às campanhas da Câmara Legislativa do Distrito Federal e do GDF para coibir os casos de importunação que, nesta época do ano, disparam. O parlamentar e membros do Gabinete 13 iniciaram a ação ontem, dia 9, lançando o bloco na Rodoviária do Plano Piloto, com banda de fanfarra e distribuindo materiais sobre o combate ao machismo e ao assédio, além de divulgar as duas leis de Vale que tratam dos temas: a Lei 7.264/2023, que multa agressores de mulheres em até R$ 500 mil no DF; e a Lei nº 5.806/2017, que dispõe sobre a valorização das mulheres e o combate ao machismo na Rede Pública de Ensino do Distrito Federal.


“Tratar dessas questões é um esforço permanente, mas é oportuno no Carnaval, aproveitando o clima de alegria e descontração para levar uma mensagem que é muito séria. Respeito não é um favor ou concessão, é item obrigatório para uma folia saudável e essa sensibilização que estamos levando aos blocos”, explicou Ricardo Vale.


A proposta tem aderência entre os foliões, que exibem faixas e adesivos com o recado: não é não. Além da ação na Rodoviária do Plano Piloto, o ‘Bloco Que Vale’ está em ação neste sábado (10), no bloco da Ponta Norte, às 13 horas, na 416 Norte; e no Concentra Mais Não Sai, a partir das 16h, nas 404 Norte. No domingo, é a vez de participar do Bloco das Montadas, às 13h, e às 14h estará no Pacotão.