O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Assuntos Internacionais e do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), e a Embaixada da Suécia no Brasil realizaram neste domingo, na orla do Lago Paranoá, o primeiro plogging na capital federal, uma atividade física que concilia caminhada e coleta de lixo. A ação aconteceu próximo à Concha Acústica e reuniu cerca de 50 participantes.
A expressão plogging foi criada na Suécia para definir a mistura de corrida ou caminhada com plocka upp – que significa pegar coisas do chão, em sueco. A iniciativa, que tem se consolidado na cultura sueca e se difunde pelo mundo desde 2018, alia exercício ao cuidado ambiental. Também apoiaram a atividade, em Brasília, a Delegação da União Europeia e a Unesco.
Dados do SLU destacam os danos do lixo descartado de forma incorreta. De acordo com o presidente da autarquia, Silvio Vieira, 68 mil toneladas de lixo reciclável são recolhidas diariamente no Distrito Federal.
Deste total, apenas 35 mil são aproveitadas. As 33 mil restantes vão parar no aterro sanitário por não terem sido dispensadas de forma correta ou por não terem sido retirados restos de alimentos ou outros produtos em embalagens antes do descarte.
O secretário de Relações Internacionais do DF, Paco Britto, participou do plogging deste domingo e falou da importância da ação. “Essa é uma iniciativa muito louvável da Embaixada da Suécia, que mostra à população a importância de aliar o esporte à catação do lixo, pois o plogging é isso. É catar o lixo, preservar a natureza, o meio ambiente, nessa orla maravilhosa que é a do Lago”, avaliou o secretário.
Paco Britto adiantou que o GDF e o SLU querem propor à Câmara Legislativa um dia dedicado à conscientização sobre a importância do descarte correto do lixo. “Temos que conscientizar as pessoas do Distrito Federal de que os espaços públicos não são do governo, são da população da cidade”, frisou o secretário.