O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) se antecipa ao problema e traça estratégias para evitar que faltem médicos para a realização de exames obrigatórios para os processos de habilitação, renovação e mudança de categoria da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no próximo mês. É que, seguindo o que determina a lei federal 14.071, que reformou o Código Brasileiro de Trânsito, 144 médicos devem perder o credenciamento a partir de 12 de abril. O número representa um terço do total.
O novo CTB prevê que, para se credenciar como médico de trânsito, o profissional deve ter o título de especialização em medicina de tráfego. A mudança, anunciada em 2020, deu o prazo de três anos para a adequação e ainda ofereceu aos já credenciados a prerrogativa de regularizar a situação realizando apenas a prova de título.
Atualmente, Goiás conta com 498 médicos de trânsito credenciados em todo o Estado. Eles realizam entre 45 mil e 50 mil exames por mês, ao custo unitário de R$ 90, pagos diretamente ao profissional/clínica. Até o momento, pelo menos 144 médicos não apresentaram o título de especialização.
“Como órgão executivo de trânsito, temos que cumprir o CTB”, afirmou o presidente do Detran-GO, Delegado Waldir. Ele explicou que os médicos que estiverem em situação irregular serão descredenciados a partir de 12 de abril.