O Governo do Distrito Federal (GDF) tem priorizado a ampliação do atendimento na Atenção Primária à Saúde. A prova disso é o investimento em 19 unidades básicas de saúde (UBSs), que serão iniciadas ou entregues ainda em 2021. A de Samambaia já está disponível para a população.

Cinco dessas 19 unidades serão concluídas no primeiro semestre do próximo ano, com investimento aproximado de R$ 15 milhões. Essas UBSs vão abastecer a população de Ceilândia, Planaltina, Sobradinho II e Paranoá.

R$ 15 milhõesserão investidos em cinco UBSs a serem entregues no primeiro semestre de 2021

Além delas, outras 14 UBSs serão licitadas no segundo semestre. Dessa lista, já têm endereço definido as unidades do Gama (Ponte Alta), Estrutural (Quadra 08 AE 1 EPU Setor Oeste), Águas Claras (Rua 25 Sul, Lote 28), Brazlândia (Programa de Colonização Alexandre Gusmão, Gleba nº 02, Reserva “A” e Programa de Colonização Alexandre Gusmão, Núcleo nº 08, Quadra 16, Lote 03 – Incra 08), Santa Maria (Comércio Local 109 – Lote D), Recanto das Emas (Setor Habitacional Água Quente, situado entre Córrego Capoeira Grande e DF-280) e Riacho Fundo II (SHRF II, QN-8D, Lote AI-01).

De acordo com a Secretaria de Saúde (SES), existe a previsão de recursos originários de convênios para construção  de  unidades de saúde. As UBSs são de extrema importância para a população, porque é dentro delas que se resolvem questões como exames, consultas, acompanhamentos médicos, troca de curativos, atendimento bucal e aplicação de vacinas. As unidades também ajudam a desafogar o atendimento nos hospitais.

As novas UBSs, que serão construídas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), vão se juntar às 170 em funcionamento no Distrito Federal. São mudanças que vão elevar o nível de atendimento nessas unidades, que são é a porta de entrada capaz de solucionar 80% dos problemas de saúde.

Em 2020, o GDF construiu cinco unidades – Sobradinho II (Vila Buritizinho), Paranoá Parque (Quadra 2), Ceilândia (QNR 2), São Sebastião (Jardins Mangueiral) e Planaltina (Vale do Amanhecer). Juntas, elas são capazes de atender aproximadamente 80 mil pessoas.

“A UBS tem papel importante naquilo que os profissionais chamam de hierarquização da saúde”, explica o presidente da Novacap, Fernando Leite. “Elas cumprem o papel do antigo posto de saúde, mas com um projeto moderno e muito interessante. A Novacap é a empresa responsável pela licitação e fiscalização dessas obras que levarão, à população do Distrito Federal, maior acesso à saúde pública.”

Escolha estratégica

A escolha das localidades onde as UBSs serão instaladas é feita de acordo com as necessidades das regiões. Logo, cidades que necessitam de uma maior estrutura ou que não possuem sequer unidades hospitalares são contempladas.

“As pessoas que têm menos condições de pagar por uma consulta ou internação hospitalar são prioridade no governo Ibaneis Rocha”, destaca o secretário de Saúde, Osnei Okumoto. “Mais carentes, essas pessoas necessitam de atendimento médico, odontológico e outros. Então, esse acompanhamento fica muito mais efetivo quando você tem essas UBSs distribuídas em pontos estratégicos do DF.”

“As pessoas que têm menos condições de pagar por uma consulta ou internação hospitalar são prioridade no governo Ibaneis Rocha”Osnei Okumoto, secretário de Saúde

Essa linha de pensamento é reforçada pelo diretor de Organização de Serviços de Atenção Primária (Dirorgs) do DF, Maurício Gomes Fiorenza. “A Atenção Primária é muito resolutiva, e por isso o governo está fazendo essa descentralização do atendimento para áreas vulneráveis”, pontua. “Aquelas com mais necessidade têm prioridade no momento da escolha dos endereços”.

Quando procurar uma UBS?

A Unidade Básica de Saúde é também conhecida como posto, centro de saúde ou clínica da família. Esses estabelecimentos de Atenção Primária realizam exames, consultas e acompanhamento médico, entrega de medicamentos, troca de curativos e aplicação de vacinas.

As UBSs são o caminho indicado para casos de sintomas leves de gripe, tontura, dor abdominal, mal-estar, diarreia, vômito e conjuntivite, além de tratamento e acompanhamento de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Tais unidades também acolhem e acompanham casos de gestação, hipertensão, diabetes e obesidade.

Elas não oferecem o atendimento de pronto-socorro, exclusivo para casos de emergências. Em casos graves ou complexos, pacientes são encaminhados para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou hospital.

No Distrito Federal, as UBSs funcionam de segunda a sexta-feira em horários diferentes, a depender das unidades, mas normalmente em horário comercial. Esses espaços estão disponíveis ao público das 7h às 17h, das 7h às 19h e das 7h às 22h – esse último caso é chamado de horário estendido. Em alinhamento com a Portaria nº 930/2019, do Ministério da Saúde, o GDF ampliou o funcionamento em parte das unidades.