Cercado por florestas nativas, fiordes silenciosos e o oceano Pacífico, o Refugia Chiloé, um dos hotéis mais exclusivos da Patagônia norte chilena, acaba de reforçar uma de suas experiências mais emblemáticas: os banhos de natureza, prática que ganhou destaque em recente matéria do The Washington Post, que ressalta os efeitos profundos do contato genuíno com ambientes naturais na saúde física, emocional e cognitiva.
Segundo o jornal, médicos ligados à Harvard Medical School têm incluído os “banhos de natureza” em programas de saúde preventiva, terapias de bem-estar e pesquisas sobre imunidade, envelhecimento e doenças crônicas. A matéria aponta que a imersão em ambientes naturais estimula a liberação de compostos emitidos pelas árvores — como phytoncides e terpenos — que aumentam a atividade das células NK (natural killers), fortalecendo o sistema imunológico e reduzindo marcadores inflamatórios. Estudos mencionados sugerem ainda que o contato frequente com a natureza pode auxiliar na recuperação de pacientes com câncer e até se associar à redução do risco de demência.
No Refugia, a proposta vai além do conceito tradicional de bem-estar. A experiência é conduzida em silêncio, com caminhadas lentas pela península de Rilán, exercícios de respiração consciente, momentos de contemplação e estímulos sensoriais que convidam o hóspede a restabelecer sua relação com o tempo e com o próprio corpo. A natureza é o protagonista: florestas de arrayanes, ventos frios do Pacífico, o som do canal de Dalcahue e a luz filtrada pelas nuvens baixas de Chiloé criam o cenário perfeito para uma imersão que transforma o estado mental — agora reconhecida também pela ciência como prática capaz de melhorar o sono, reduzir ansiedade, favorecer clareza mental e promover sensação imediata de vitalidade.






