A partir de outubro, Gol passa a ligar Brasília a Londrina (PR), Navegantes (SC) e Parauapebas (PA). Conexões aumentam potencial do mercado turístico da capital federal em importantes centros industriais, agropecuários e turísticos e consolidam o Aeroporto de Brasília como protagonista do reaquecimento do setor aéreo

O reaquecimento do setor aéreo tem Brasília como protagonista. Em mais um movimento de fortalecimento da capital federal como hub nacional, a companhia aérea Gol anunciou três novos voos ligando o Distrito Federal a importantes centros econômicos regionais.

Agora, passageiros de Londrina (PR), Navegantes (SC) e Parauapebas (PA) terão conexão direta com o Aeroporto de Brasília. No dia 8 de outubro, se iniciam as operações para Navegantes e Londrina, cidades atendidas predominantemente pelos aeroportos do Sudeste do país. A cidade paranaense é a quarta força econômica do Sul do Brasil e um importante centro econômico industrial. Já o destino catarinense é uma privilegiada conexão com a região turística de Balneário Camburiú e zonas industriais.

Em 14 de outubro, a Gol inaugura o voo para Parauapebas, cidade paraense que abriga a Serra dos Carajás, maior província mineral do mundo, e uma crescente zona de agropecuária.

Além dos novos voos, a Gol retomará, no dia 19 de outubro, a operação para Cruzeiro do Sul, no Acre, ligando a capital federal com o interior e capital do estado mais extremo do Brasil.

O diretor de planejamento de malha aérea da Gol, Rafael Araújo, destaca o papel de Brasília na expansão nacional planejada pela companhia a curto e médio prazo. “O Aeroporto de Brasília tem um importante papel conectivo e a Gol, com estes novos destinos, voa para 42 cidades brasileiras a partir da capital federal. Isso representa um aumento de 10 cidades em relação ao mesmo período do ano passado”, afirma.

Segundo a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça, o aumento da cartela de voos ligando Brasília a importantes destinos regionais indica perspectiva de crescimento imediato na chegada de turistas. “O Distrito Federal se consolida cada vez mais como protagonista da retomada econômica e se estabelece como ponto estratégico da integração nacional”, afirma. “São regiões com intensa atividade econômica e de grande potencial mercadológico, mas que tinham uma dificuldade logística que obrigava o turista a optar por destinos mais próximos ou mais conhecidos. Agora, com ligação direta, Brasília passa a ter mais destaque na prateleira dos agentes de viagens”, aponta.

Segundo ela, o trabalho de estruturação das atrações turísticas da capital foi feito já pensando nesta expansão das conexões. “Elaboramos nossos roteiros de forma a mostrar uma Brasília plural, que não é apenas um centro administrativo, mas uma cidade capaz de oferecer uma experiência única a todos os brasileiros. Assim, temos desde a rota arquitetônica ao turismo rural e ecológico, passando pela rota cívico-pedagógica e um vigoroso roteiro religioso”, explica.

Reaquecimento
Os novos voos da Gol partindo do Aeroporto de Brasília são importantes para a interligação nacional. A capilaridade que o terminal brasiliense oferece contribui para a unificação de diversas capitais com as mais diversas regiões do país e consolida Brasília como um dos principais centros de conexão do Brasil, já que é a única cidade brasileira ligada a todas as capitais.

Antes da pandemia, a Gol operava com 32 destinos nacionais. Em outubro, a companhia aérea passa a atender 42 destinos nacionais partindo de Brasília, sendo 41 sem escalas e 6 operados em parceria com a Voepass em um acordo iniciado em agosto de Capacity Purchase Agreement (CPA) nos destinos Rondonópolis-MT, Sorriso-MT, Araguaína-TO, Barreiras-BA, São José do Rio Preto-SP e Uberlândia-MG.

Segundo dados da Inframerica, administradora do Aeroporto de Brasília, o terminal fechou o mês de agosto com 401.316 passageiros, um crescimento de 54,1% em relação a julho – foram 5.532 pousos e decolagens. Já são quatro meses consecutivos de aumento na movimentação do terminal, que espera uma escalada no movimento para minimizar as perdas consolidadas de 2020. Mesmo com o aumento crescente, o fluxo ainda foi 68,87% menor do que o registrado em agosto de 2019.