A recuperação do setor do Turismo é visível para todos os brasileiros que frequentam os aeroportos no País. Após a drástica queda no número de voos em virtude das medidas restritivas impostas como forma de combate à disseminação da Covid-19, há companhias aéreas com operação no Brasil que possuem voos com procura igual ou até maior do que a de antes da pandemia. A expectativa é de que os níveis de operação doméstica possam se equiparar aos de 2019 ainda no primeiro semestre de 2021.

Com 800 voos por dia, a Azul Linhas Aéreas já opera com 85% da sua capacidade. Por conta disso, a companhia encerrou um acordo de redução de jornada de seus tripulantes em dezembro de 2020, para que fosse possível atender à crescente demanda. O acordo, firmado em junho de 2020, era válido até dezembro de 2021 e previa inclusive redução salarial dos aeronautas. Apoiadas pelo Governo Federal com a edição de Medidas Provisórias que mediaram as relações trabalhistas e ajudaram a organizar o fluxo de caixa, as companhias se organizaram rapidamente, primeiro para sobreviver no auge da crise, depois para voltar rapidamente ao trabalho.

Em outubro de 2020, a demanda de passageiros por voos nacionais aumentou em 31,3% na comparação com o mês anterior. “Acreditamos na retomada do Brasil e por isso somos a empresa que mais voou na América Latina em 2020 e a segunda mais rápida na recuperação pós crise no mundo. Tudo isso seguindo os mais altos padrões de segurança sanitária. Vemos o turismo sendo o mais importante vetor na retomada e vamos seguir crescendo para conectar cada vez mais o Brasil”, ressalta Fabio Campos, vice-presidente da Azul. Neste recorte do ano de 2020, entre outubro e novembro, a companhia apresentou recuperação de 77% das operações do mesmo período de 2019. A GOL Linhas Aéreas e a Latam também tiveram números melhores, com 53,2% e 48,3%, respectivamente, do que haviam operado no ano anterior. Os números são do FlightRadar24 e apontam o Brasil como líder da recuperação da aviação no Ocidente.

Em janeiro de 2021 o Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte, opera com aproximadamente 80% de sua capacidade pré-pandemia, e oferece voos para 37 destinos, número próximo aos 45 destinos oferecidos antes da Covid-19. Há também aeroportos que estão com mais demanda do que tiveram no mesmo período de 2019, como o Aeroporto de Recife, que no feriado de 12 de outubro já operava com 100% de sua capacidade.

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