Jovens das oficinas de teatro do “Se Liga na Cultura” estão ansiosos para cumprir uma etapa muito especial do projeto. Entre 23 e 25 de outubro, eles terão a oportunidade de assistir a peças teatrais, para muitos essa será a primeira vez ao entrar em um teatro. Desenhado para chegar a jovens em condição de vulnerabilidade, dentro e fora das escolas, o projeto “Se Liga na Cultura” é apresentado pelo Instituto Cultural Vale, patrocinador master da ação, e realizado pela IECAP Agência de Transformação Social com apoio do Ministério da Cultura por meio de Léo Federal de Incentivo à Cultura.

A ação cultural de teatro vai contemplar 110 alunos dos Centros de Juventude de Ceilândia e Estrutural e do CED 11 de Ceilândia, que assistirão a três dos espetáculos que compõem o FESTA – Festival Estudantil de Teatro Amador de Brasília: “Sabe Por Que Tu Não Deu Bola?”, “Bang Bang: Você Morreu” e “Malévola”, todas encenadas por estudantes do Distrito Federal.

Acreditamos que o acesso ao teatro, à arte e à cultura seja um ponto importantíssimo para abrir um espaço potente de diálogo, mostrar que o mundo é um amplo caminho de descoberta e de realizações. A arte nos convida a observar, a acreditar e investir para alcançar. Sabendo que muitos dos nossos jovens nunca tiveram essa experiência, e que todos eles poderão mudar isso visitando espaços relevantes no cenário cultural do DF, estamos felizes em colaborar para promover acesso, movimentar sonhos e alimentar esperança”, afirma Dill Diaz, instrutor de teatro do projeto.

Os grupos tiveram autonomia para escolher as temáticas que estão no foco de interesse do coletivo. As peças selecionadas abordam sentimentos que estão eclodindo nas escolas como racismo, violência, intolerância, bullying e outras questões, infelizmente, presentes no ambiente escolar, sobretudo nas regiões periféricas. No quesito técnico, a escolha do local, Teatro dos Bancários, é uma oportunidade de os participantes conhecerem um importante espaço cultural da cidade que contempla um palco “elizabetano, estudado nas aulas da oficina.

Por Charlotte Vilela