O vice-presidente da CLDF, deputado distrital Ricardo Vale (PT-DF), anunciou sua adesão ao movimento “Arayra Xô Termelétrica”, reforçando a luta contra a instalação da Usina Termelétrica (UTE) Brasília, em Samambaia. O projeto tem sido alvo de críticas de ambientalistas, especialistas e da sociedade civil, que alertam para seus impactos negativos no Distrito Federal.

O parlamentar destacou a falta de transparência no processo e cobrou maior participação popular. “Não podemos permitir que um projeto dessa magnitude avance sem debate público e uma análise rigorosa. O Rio Melchior já está contaminado, e a captação massiva de água pode comprometer sua sobrevivência”, afirmou.

A usina prevê a retirada de 110 mil litros de água por hora do rio, devolvendo apenas 94% desse volume tratado—um déficit de mais de 144 mil litros por dia. Além disso, ameaça 31,9 hectares de Cerrado nativo e pode prejudicar a infraestrutura energética do DF, impactando o setor de energia solar, que gera milhares de empregos.

Na área da saúde, a queima de gás natural para geração de energia pode liberar poluentes tóxicos que afetariam o Plano Piloto e diversas regiões administrativas, aumentando os casos de doenças respiratórias e piorando a qualidade do ar.

A Justiça suspendeu a audiência pública sobre o licenciamento ambiental da usina, apontando falta de tempo hábil para análise dos documentos técnicos, o que reforça as críticas sobre a condução do processo.

Ricardo Vale ressaltou a importância da mobilização popular para pressionar as autoridades. “Estamos ao lado da sociedade civil e das organizações que lutam pelo meio ambiente e pela qualidade de vida da população. Vamos cobrar e atuar na CLDF para impedir esse desastre ambiental”, concluiu.

Comunicação Ricardo Vale (PT)