Preta Gil faleceu em 20 de julho de 2025, prestes a fazer 50 anos, nos Estados Unidos, enquanto buscava tratamentos para a doença. Deixa legado artístico, empresarial e um filho, Francisco, conhecido como Fran, e também deixou neta, Sol de Maria.

1. Polêmicas e identidade desde o nome

Preta Maria Gadelha Gil Moreira nasceu no Rio de Janeiro em 8 de agosto de 1974. O nome “Preta” só foi registrado após pressão de Gilberto Gil e da avó materna, diante da recusa inicial do cartório, que só aceitou incluir um nome “católico”, por isso o nome composto “Preta Maria”  .

2. Uma era musical própria

Lançou sua carreira solo em 2003 com o álbum Prêt-à Porter, que mesclava samba-funk, axé e pop, abordando temas como corpo, identidade e liberdade. Foi um marco de afirmação tanto artística quanto pessoal  .

3. Criadora do “Bloco da Preta”

Em 2009 idealizou o seu próprio bloco de carnaval, que rapidamente caiu nas graças do público carioca e arrastou milhões de foliões em seus desfiles. O projeto virou um fenômeno nacional e foi registrado em álbum ao vivo gravado no Citibank Hall em 2013  .

4. Transparência na luta contra o câncer

Diagnosticada com câncer colorretal em janeiro de 2023, Preta enfrentou recidivas em diversas áreas — linfonodos, peritônio e ureter — e passou por cirurgias complexas, inclusive uma operação de cerca de 20 horas. Durante todo o tratamento, manteve contato constante com seus fãs pelas redes sociais, compartilhando as fases da jornada com sinceridade e força  .

5. Militância e representatividade

Preta foi uma voz ativa na defesa dos direitos das mulheres, da comunidade LGBTQIA+ e na luta contra o racismo e a gordofobia. Abriu mão de padrões estéticos impostos e se declarou bissexual e pansexual com orgulho, sempre usando sua visibilidade para promover diversidade e inclusão  .