Nos últimos anos, influenciadores digitais se tornaram peças-chave na divulgação turística, ajudando cidades e regiões a ganharem visibilidade em uma velocidade surpreendente. Com a força de plataformas como Instagram, YouTube e TikTok, esses criadores conseguem transformar lugares pouco conhecidos em verdadeiros fenômenos de buscas, cliques e reservas.
A estratégia vai muito além de belas fotos. Criadores como o jornalista Eldo Gomes, do @EldoGomes, que assina a coluna #ViagensDoEldo no blog eldogomes.com.br, mostram que existe um planejamento por trás de cada roteiro, vídeo e dica compartilhada. Mas afinal, como esse trabalho impacta o turismo na prática?
1. Conteúdo visual impactante
A estética conta — e muito. Um vídeo bem editado ou uma foto vibrante é capaz de despertar o desejo imediato de viajar. A série “Follow Me”, do fotógrafo russo Murad Osmann, ilustra esse poder ao tornar lugares como Santorini, nas Ilhas Gregas, em sonhos de consumo turístico. No Brasil, fotos de destinos como a Chapada dos Veadeiros ou as dunas de Maceió, quando compartilhadas com autenticidade, geram alcance orgânico e engajamento.
2. Experiências pessoais geram conexão
Diferente da publicidade tradicional, o influenciador entrega algo que parece vir de um amigo: confiança. Eldo Gomes, por exemplo, compartilha experiências próprias por destinos como Pirenópolis (GO), Paraguai e Formosa (GO), misturando cultura, gastronomia e bastidores das viagens. O efeito é imediato: os seguidores passam a considerar os mesmos destinos.
3. Geotags e hashtags estratégicas
A combinação de hashtags temáticas, como #ViagensDoEldo, com a marcação precisa de localização (geotag), potencializa descobertas. O turista moderno busca pelo Instagram antes do Google, e é nessas buscas que locais como “Bonito/MS” ganham destaque.
4. Parcerias institucionais
Campanhas com órgãos públicos e privados são impulsionadas por influenciadores. Eldo já atuou com Embratur, Sebrae/DF e secretarias de turismo, promovendo festas culturais, hotéis-fazenda e roteiros gastronômicos — tudo com narrativa acessível e jornalismo humanizado.
5. A força do boca a boca digital
Lives, entrevistas e reels criam diálogo. O programa “Papo com Eldo”, por exemplo, traz gestores e influenciadores do trade turístico para conversar sobre tendências, incentivando a audiência a interagir, comentar e replicar informações.
Apesar dos benefícios, o fenômeno tem efeitos colaterais. A superlotação de destinos virou alerta global, como o caso de Fjaðrárgljúfur, cânion na Islândia que precisou ser fechado após a fama viral. Outro ponto importante é a transparência: ao assumir parcerias, influenciadores precisam manter o equilíbrio entre marketing e verdade.