A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) publicou nesta terça-feira (26) o edital do Processo Seletivo Simplificado para contratação de professores substitutos. O documento, aguardado por milhares de educadores, traz mudanças significativas no formato da seleção e inclui novos eixos temáticos. As inscrições estarão abertas entre os dias 8 e 22 de setembro, exclusivamente pelo site da banca organizadora Quadrix. A prova está marcada para 19 de outubro e o resultado final deve ser divulgado até dezembro, permitindo que as contratações aconteçam já no início de 2026, no âmbito do programa Carência Zero.

De acordo com a subsecretária de Gestão de Pessoas (Sugep), Ana Paula Aguiar, o edital foi construído com base em práticas pedagógicas que a rede pública já adota. A ideia é aprimorar a avaliação de competências dos candidatos e garantir professores mais preparados para os desafios da sala de aula. O exame seguirá com 120 questões, sendo 50 de conhecimentos básicos, 50 de específicos e 20 de complementares, mas com a inclusão de um eixo sobre Educação Inclusiva, Diversidade e Direitos Humanos.

A gestora destacou que a rede do DF considera que todas as turmas são inclusivas, independentemente da presença de estudantes com diagnósticos formais. Dessa forma, espera-se que o professor atue de maneira ampla, valorizando as potencialidades dos alunos e enfrentando de forma assertiva os diferentes desafios de aprendizagem. A banca examinadora também foi orientada a elaborar questões multidisciplinares, estimulando o candidato a refletir sobre suas competências pedagógicas.

Entre as novidades, está a exigência de prova prática para candidatos ao Centro de Educação Profissional Escola de Música de Brasília (EMB). Eles deverão comprovar formação em Música ou Artes-Música e, em seguida, demonstrar habilidades práticas para a função. Segundo a subsecretária, a medida traz mais isonomia e transparência ao processo seletivo e pode servir de modelo para futuros concursos efetivos.

Outro ponto importante refere-se à Educação Especial. Neste ano, apenas candidatos que se inscreverem para atuar com deficiências sensoriais (auditiva, visual e surdocegueira) precisarão passar por banca de aptidão. Já para deficiências intelectuais, múltiplas ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), será exigida documentação comprobatória, conforme o Caderno de Aptidões de 2025. A análise documental também valerá para professores que pretendem atuar na Educação de Jovens e Adultos (EJA) Interventiva. Quem já participou de seleções anteriores poderá apresentar apenas declaração acompanhada de ficha profissional emitida pela própria SEEDF.