Declarações do Governo do Distrito Federal (GDF) e do Sistema Fecomércio-DF reforçam os dados da pesquisa que apontam impactos diretos do programa Vai de Graça na vida da população e na economia local. A iniciativa, que oferece gratuidade no transporte público aos domingos e feriados, tem sido associada ao aumento da circulação de pessoas, à expansão do consumo e à elevação da arrecadação tributária.

O governador Ibaneis Rocha afirmou que o programa representa uma política pública voltada à inclusão social, ao acesso à cidade e ao fortalecimento da economia. Segundo ele, a pesquisa do Instituto Fecomércio-DF confirma que o projeto tem ampliado as oportunidades de lazer e fé para as famílias, além de estimular o comércio.

O presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, destacou que o Vai de Graça tem gerado benefícios consistentes desde sua implementação no Carnaval, com efeitos observados em datas como o aniversário de Brasília e outros feriados. A medida, segundo ele, estimula o turismo interno, amplia o acesso a áreas de comércio, cultura e lazer e contribui para mudanças na rotina dos brasilienses e visitantes.

Dados da Secretaria de Economia apontam crescimento na emissão de notas fiscais eletrônicas ao consumidor (NFC-e) entre março e julho de 2024 e 2025. A média de notas emitidas por empresa subiu 5,4%, o valor médio dos documentos aumentou 8,6% e a arrecadação do ICMS varejista avançou 5,8%. O GDF avalia que esses indicadores refletem o papel do programa na dinamização da atividade econômica.

O secretário de Economia, Daniel Izaias de Carvalho, afirmou que o Vai de Graça promove mobilidade, consumo e fortalecimento do comércio, além de contribuir para o aumento da receita pública. Segundo ele, trata-se de uma política que articula cidadania, acesso e desenvolvimento econômico.

O impacto também foi observado nos índices de inflação. Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou 0,26% em Brasília. O grupo transportes apresentou variação negativa de 0,52%, com destaque para a queda de 17,20% nas passagens de ônibus urbano. Em abril, o recuo foi de 3,36%. A redução, segundo José Aparecido, está relacionada à gratuidade no transporte coletivo aos domingos e feriados.