O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), promoveu nesta quarta-feira (29) a cerimônia da edição especial do Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica, alusiva à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). O evento ocorreu no auditório do CNPq, em Brasília (DF), e integrou a programação do Seminário de Popularização e Divulgação Científica – 45 Anos do Prêmio José Reis, que segue até quinta-feira (30).
Com o tema Caminhos Científicos nas Mudanças Climáticas, a edição especial reconhece o trabalho de divulgadores de conteúdo digital que contribuem para disseminar informações qualificadas sobre as mudanças climáticas e seus impactos socioambientais. Pela primeira vez, o prêmio teve as mídias digitais como categoria única, destacando o papel crescente dessas plataformas na popularização da ciência.
A cerimônia contou com a presença do presidente em exercício do CNPq, Olival Freire, e da diretora de Cooperação Institucional, Internacional e Inovação do CNPq, Dalila Oliveira, que participaram da abertura oficial do seminário pela manhã. Olival destacou a importância histórica do Prêmio José Reis e o significado especial desta edição. “Eu quero enaltecer essa iniciativa porque ela é de múltiplos significados. Trata-se de um dos prêmios mais importantes da atividade científica brasileira e que sempre teve uma competitividade impressionante”, afirmou.
Debates destacam integração entre ciência e sociedade
Na sequência, ocorreu a mesa de discussão Como Construir e Executar Políticas Públicas de Popularização e Divulgação Científica?, com a participação do secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI, Inácio Arruda; da diretora de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica, Juana Nunes; da superintendente Científica, Tecnológica e de Inovação da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF), Renata Vianna; e do coordenador dos Programas de Pesquisa em Educação, Popularização e Divulgação Científica do CNPq, Guilhermo Vilas Boas. A mediação foi feita pela diretora de Análise de Resultados e Soluções Digitais do CNPq, Débora Peres Menezes.
Durante a mesa, os participantes destacaram a importância de fortalecer políticas públicas voltadas à popularização da ciência e de ampliar o diálogo entre pesquisadores e sociedade. Para Inácio Arruda, a consolidação de programas de popularização científica é estratégica para o desenvolvimento do País e para reduzir a dependência tecnológica. “Desde a criação do Ministério da Ciência e Tecnologia, há 40 anos, percebemos a necessidade de valorizar a ciência junto à população”, ressaltou. Nenhuma nação emergente ou em desenvolvimento alcançou progresso sem uma forte base de produção científica e tecnológica”, afirmou o secretário.
Além disso, a diretora Juana Nunes, explicou que o trabalho de articulação entre cultura, educação e ciência é fundamental para o fortalecimento das políticas públicas de divulgação científica. “Quando cheguei para essa função, trouxe experiência em gestão de políticas culturais e de educação, articulando diferentes áreas. Percebi claramente a dimensão de programas como a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas e a importância de integrar todas essas iniciativas”, destacou.
Já Guilhermo Vilas Boas, coordenador do CNPq, ressaltou a atuação do Conselho na promoção e articulação da divulgação científica, apontando caminhos para futuras políticas públicas. “O CNPq tem se articulado institucionalmente para fortalecer a divulgação científica, mostrando como esse tema tem sido tratado e como pretendemos colaborar com essas estruturas. A missão do CNPq é fomentar ciência, tecnologia e inovação, avançar nas fronteiras do conhecimento, promover desenvolvimento sustentável e fortalecer a soberania nacional”, destacou.
Fonte: MTIC



 
                                    


