Cartões de Natal continuam circulando entre famílias, amigos e colegas de trabalho, mesmo com o avanço das tecnologias de comunicação. A prática, que já foi considerada essencial nas festas de fim de ano, hoje convive com mensagens enviadas por aplicativos e redes sociais. Ainda assim, há quem mantenha o hábito como forma de preservar vínculos e marcar a data com mais atenção.
A origem dos cartões remonta ao século XIX. O primeiro exemplar impresso foi encomendado por Henry Cole, em 1843, no Reino Unido. A peça foi desenhada por John Callcott Horsley e teve mil cópias distribuídas. A iniciativa surgiu após a popularização do serviço postal, que se tornou mais acessível à população. Desde então, o costume se espalhou por diversos países, incluindo o Brasil.
No território brasileiro, os cartões ganharam força ao longo do século XX. Muitas famílias utilizavam os modelos recebidos para decorar a árvore de Natal ou montar painéis nas paredes. Com o tempo, o gesto passou a representar não apenas uma saudação, mas também uma forma de demonstrar consideração. A chegada da internet, no entanto, alterou esse cenário.
Atualmente, os cartões físicos dividem espaço com versões digitais. Plataformas oferecem modelos prontos para envio por e-mail ou redes sociais. Mesmo assim, há quem prefira escrever à mão, destacando o valor simbólico da escrita personalizada. Essa escolha pode estar ligada à memória afetiva ou à intenção de dedicar mais tempo à mensagem.
Especialistas em comportamento apontam que o ato de escrever cartões pode contribuir para fortalecer laços sociais. Em um período marcado por interações rápidas e superficiais, dedicar atenção à elaboração de uma mensagem pode ser interpretado como um gesto de cuidado. Além disso, o envio de cartões pode funcionar como uma pausa na rotina acelerada.
A produção de cartões também movimenta o setor gráfico e papelarias. Empresas investem em modelos temáticos, com ilustrações variadas e espaço para mensagens. Há opções com motivos religiosos, infantis ou neutros. O público interessado costuma buscar por originalidade e simplicidade, priorizando o conteúdo da mensagem.
O fechamento do ano costuma estimular reflexões e reconexões. O cartão de Natal, nesse contexto, pode funcionar como um instrumento de aproximação. Mesmo que não seja mais o principal meio de comunicação, ele ainda ocupa um espaço relevante nas celebrações. A permanência da prática depende da escolha individual e do valor atribuído ao gesto.






