O projeto Empoderadas foi lançado com o objetivo de capacitar ativistas responsáveis pela organização de paradas do orgulho LGBT+ no Brasil. A iniciativa é conduzida pela entidade Parada Santos e conta com financiamento da Organização Pan-Americana da Saúde, vinculada à Organização Mundial da Saúde, da ONU.
A formação será oferecida por meio de curso on-line com carga de 36 horas/aula. Serão abertas três turmas de 30 alunos cada, com previsão de conclusão até agosto de 2026. O conteúdo está dividido em 16 módulos, abordando temas como captação de recursos, branding, controle social na saúde, responsabilidade ambiental, história do ativismo LGBT+, direitos humanos, prevenção de IST/Aids e gestão financeira.
As aulas serão ministradas por profissionais especialistas em cada área. As inscrições para a primeira turma serão divulgadas em breve nas redes sociais da Parada Santos.
Segundo Daisy Eastwood, presidente da entidade e gerente financeira do projeto, o curso busca enfrentar os desafios recorrentes na organização das marchas. Ela afirma que as paradas arco-íris possuem relevância política, social, identitária e econômica, e que a capacitação pode contribuir para superar obstáculos enfrentados por ativistas.
Eduardo Ferreira, diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Parada Santos e supervisor educacional do projeto, destaca a abrangência temática da formação. De acordo com ele, o curso oferece subsídios para que as lideranças compreendam os pilares estruturais de um evento bem organizado e de um coletivo mais articulado.
O Brasil é um dos países com maior número de marchas LGBT+ no mundo. Em 2024, foram registradas 315 paradas segundo levantamento de Welton Trindade, vice-presidente da Interpride, rede internacional de marchas LGBT. O país abriga a maior parada do mundo, realizada em São Paulo, e a cidade com mais atividades relacionadas ao orgulho LGBT+, Salvador.
As paradas do orgulho surgiram em 1970, como forma de marcar o primeiro aniversário da Revolta de Stonewall, ocorrida em Nova Iorque. Na ocasião, pessoas LGBT se rebelaram contra a repressão policial e a discriminação institucional. O episódio levou à definição do 28 de junho como o Dia Internacional do Orgulho LGBT+.
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