Brasília, conhecida por sua arquitetura modernista e por ser o centro político do país, também abriga uma cena gamer em constante crescimento. Entre os eixos monumentais e as quadras organizadas, existe uma comunidade vibrante de jogadores, criadores de conteúdo e entusiastas dos jogos eletrônicos. É nesse cenário que construí minha trajetória como jornalista e influenciador digital, com raízes que remontam aos anos 90, quando o videogame era sinônimo de diversão entre amigos.
Da infância aos blogs: o início de uma jornada
Minha história com os games começou cedo. Nos anos 90, quando eu tinha cerca de cinco anos, joguei meu primeiro jogo com meu pai: aquele clássico da navinha no Atari. A tela de 32 bits parecia mágica. Era mais do que um passatempo; era um momento de conexão entre pai e filho, uma ponte entre gerações.
Anos depois, em 2007, iniciei minha carreira como jornalista, escrevendo em blogs. Naquela época, a internet ainda engatinhava, e os blogs eram espaços de liberdade criativa. Paralelamente, os videogames continuavam presentes na minha vida. O Super Mario World era um dos meus favoritos, e minha casa se tornava ponto de encontro para os amigos. Jogar era, e ainda é, uma forma de reunir pessoas.
Videogame como ferramenta de socialização
Sempre enxerguei o videogame como algo que vai além da tela. Ele é um catalisador de encontros, uma desculpa para rir, competir e compartilhar momentos. Super Nintendo, PlayStation, Xbox — cada console trouxe experiências únicas. Os jogos com quatro ou mais jogadores eram os mais esperados. Era como montar uma festa, com controles nas mãos e histórias sendo criadas em tempo real.
Essa visão permanece até hoje. Jogar é conectar. É criar laços, fortalecer amizades, construir memórias. E como influenciador, levo essa essência para o meu conteúdo. Cada live, cada vídeo, cada postagem é uma extensão dessa filosofia.
A evolução dos jogos e da tecnologia
A tecnologia transformou o universo dos games. Do Atari ao mobile, acompanhei cada etapa dessa evolução. Joguei o famoso jogo da cobrinha no Nokia 3120, me diverti com os dadinhos naquele joguinho portátil de duas pilhas AA nos anos 2000, e me aventurei em corridas eletrizantes no Mario Kart, seja nos consoles, nos portáteis ou nos celulares.
Hoje, os jogos são plataformas de expressão artística, de narrativa interativa, de experimentação. Eles deixaram de ser apenas entretenimento para se tornarem experiências imersivas. E Brasília, mesmo distante dos grandes centros tecnológicos, tem mostrado força e criatividade nesse cenário.
A rotina de um influenciador gamer
Ser influenciador gamer em Brasília é viver entre dois mundos: o digital e o real. É acordar cedo para editar vídeos, testar jogos, responder seguidores e, ao mesmo tempo, lidar com os compromissos da vida cotidiana. É participar de eventos, firmar parcerias com marcas, gravar conteúdos e manter a autenticidade.
A rotina é intensa, mas recompensadora. Cada mensagem de um seguidor, cada comentário positivo, cada lembrança compartilhada por alguém que se identificou com uma história minha reforça o propósito do meu trabalho.
O papel do gamer na sociedade
Durante muito tempo, o gamer foi visto como alguém isolado, alheio ao mundo. Hoje, essa imagem mudou. Os gamers são comunicadores, empreendedores, artistas. São pessoas que constroem comunidades, que influenciam comportamentos, que participam ativamente da cultura digital.
Em Brasília, vejo essa transformação acontecer. Jovens se reúnem em eventos de e-sports, escolas discutem o uso de jogos como ferramenta pedagógica, pais jogam com filhos. O videogame deixou de ser um tabu e passou a ser reconhecido como um elemento cultural relevante.
A cena gamer brasiliense
Brasília enfrenta desafios: falta de grandes estúdios, poucos eventos de grande porte, escassez de apoio institucional. Mas também possui pontos fortes: uma comunidade engajada, criadores talentosos e uma vontade enorme de fazer acontecer.
Já participei de encontros com outros influenciadores locais, conheci desenvolvedores independentes e vi projetos incríveis nascerem em quartos e garagens. Brasília pode não ser o epicentro da indústria gamer, mas é um terreno fértil para quem tem paixão e criatividade.
Comunicação e jogos: uma combinação poderosa
Como jornalista, sempre acreditei no poder da comunicação. E os jogos me mostraram que ela pode ser ainda mais potente quando combinada com interatividade. Um jogo bem construído conta uma história, provoca emoções, transmite mensagens. E como comunicador, tento explorar essas camadas em meus conteúdos.
Faço lives, entrevistas, análises e reflexões sobre o impacto dos jogos na vida das pessoas. Porque jogar não é apenas apertar botões — é viver narrativas, tomar decisões, aprender com erros, celebrar conquistas.
Dicas para quem quer começar
Se você está em Brasília e deseja se tornar um influenciador gamer, aqui vão algumas sugestões:
- Seja autêntico. Não tente imitar os grandes nomes. Encontre sua voz, seu estilo, seu público.
- Invista em conteúdo. Qualidade importa. Estude edição, roteiro, iluminação.
- Participe da comunidade. Vá a eventos, interaja com outros criadores, colabore.
- Esteja sempre aprendendo. O mundo dos jogos muda rápido. Mantenha-se atualizado.
- Cuide da sua saúde mental. A pressão pode ser grande. Equilíbrio é essencial.
Jogar é recriar realidades
No fim das contas, jogar é isso: recriar realidades. É ser feliz em mundos paralelos, é viver aventuras sem sair do lugar, é se conectar com pessoas que nunca vimos pessoalmente. E como influenciador gamer em Brasília, tento mostrar que essa felicidade é possível — e acessível.
Cada jogo que compartilho, cada live que faço, cada texto que escrevo carrega um pouco dessa missão: mostrar que o universo gamer é rico, diverso e transformador.






