A professora no Centro de Gravitação e Cosmologia na Universidade Yangzhou, chega ao Brasil para lançar seu livro, no qual desmistifica a ideia do gênio solitário. Ela mostra que boas ideias são formadas e aprimoradas ao longo da vida, influenciadas por tempo, contexto e uma pitada do acaso

Larissa Santos sempre foi uma criança curiosa. As estrelas e o universo sempre a fascinaram. Desde muito nova, passava muito tempo pensando na vastidão do universo e, com apenas 10 anos, já tomou sua decisão: no futuro seria astrofísica. Graduou-se em Física, pela UnB (Universidade de Brasília), tornou-se mestre pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e doutora pela Universidade de Roma “Tor Vergata”. Hoje, Larissa é professora no Centro de Gravitação e Cosmologia da Universidade de Yangzhou, na China, e está de passagem pelo Brasil, para a apresentação de sua obra “De orde surgem as grandes ideias?”. O lançamento do livro será realizado no dia 10 de maio, na Livraria da Travessa, no Casa Park, em Brasília.

No livro, a autora explora alguns fatores importantes para que as pessoas possam

ter boas ideias, além do tão sonhado e idealizado momento “eureca”, utilizando o que se aprende ao longo da história – principalmente, ao longo da história da ciência. “O meu livro não é um guia formal de como ter boas ideias, mas, sim, minhas impressões baseadas em vivências, a partir da narrativa de grandes descobertas científicas”, antecipa.

Larissa Santos, através de seu canal nas redes sociais (@bariogenese), compartilha experiências e interage com seus seguidores – o que a inspirou a escrever a obra. Em discussões informais e descontraídas, Larissa, debatia com seus seguidores, “de onde surgiam as grandes ideias”, utilizando a ciência e as experiências adquiridas na academia científica, como pano de fundo. “Percebi, que muitas vezes, a história do empreendimento científico foi contada de forma a nos dar uma falsa impressão de que as grandes descobertas e invenções são fruto de mentes solitárias, depois de uma grande inspiração”, narra. A astrofísica acrescenta: “boas ideias não surgem do nada. É um trabalho de montagem e reforma daquilo que herdamos ou nos deparamos ao longo da vida através de muito estudo e dedicação”.