Na Semana da Amazônia, a Natura divulgou um marco inédito: mais de mil produtos de seu portfólio já contam com bioativos da sociobiodiversidade amazônica. O número representa mais de 50% das linhas da marca em toda a América Latina, reforçando a relação direta entre desenvolvimento econômico e conservação ambiental. O uso desses ingredientes gera impacto positivo para 10 mil famílias de comunidades da região, que participam do processo de fornecimento.
Atualmente, a empresa utiliza 46 bioingredientes amazônicos, entre eles castanha, murumuru, babaçu, ingá, pataqueira e priprioca. Esses ativos estão presentes em linhas como Chronos, Lumina, UNA, Tododia, diversas fragrâncias de perfumaria e na reconhecida marca Ekos. A estratégia reforça a presença da floresta como um pilar central da atuação empresarial.
Os insumos são adquiridos de 45 comunidades e cooperativas distribuídas em oito estados brasileiros, o que fomenta a bioeconomia e fortalece a autonomia de povos tradicionais. O modelo de negócio busca alinhar geração de renda com conservação ambiental, criando uma cadeia de valor sustentável que garante benefícios sociais e preservação da floresta.
De acordo com Tatiana Ponce, vice-presidente de Marketing, Pesquisa e Desenvolvimento da Natura, a busca por ativos da floresta envolve alta tecnologia. Para a executiva, a Amazônia é um “laboratório vivo, repleto de soluções”, que substitui matérias-primas não renováveis por alternativas sustentáveis e biotecnológicas.
Já Ana Costa, vice-presidente de Sustentabilidade, Jurídico, Reputação e Governo, destacou que, em um cenário de debates globais como a COP 30, a Natura se posiciona como exemplo prático de economia regenerativa. Segundo ela, a proposta da empresa mostra que o desenvolvimento econômico pode caminhar junto com a preservação ambiental, em oposição a modelos de exploração predatória.






